As Dificuldades das Famílias da Aliança
A Família de Abraão
O livro de Gênesis nos ensina a história da formação do povo escolhido por Deus para ser o espelho da ação divina no mundo e também para ser o núcleo de onde sairia o redentor da humanidade.
Abraão foi aquele com quem Deus iniciou a Sua aliança para formar e proteger um povo que se chamava pelo nome do Senhor. Em meio a tanto caos e escuridão em que estava mergulhada a humanidade, o Senhor escolheu Abraão para, a partir dele, ensinar e aplicar as Suas leis e o Seu amor. Deus queria exercer a Sua paternidade e achou quem estava disposto a ser Seu filho.
Entretanto, apesar de toda a confiança e obediência de Abraão a Deus, Abraão e sua mulher Sara, como humanos que eram, acabaram por retirar das mãos do Senhor o controle sobre a vinda de um herdeiro para essa família e Abraão teve um filho que, inicialmente, não estava nos planos de Deus para aquela família. Abraão e Sara foram afoitos e não confiaram no Senhor completamente. O resultado disso é a guerra que se instalou entre os descendentes de Ismael e Isaque e que permanece até os dias de hoje.
Apesar desse momento de falta de fé na promessa de Deus a respeito do seu herdeiro, a família de Abraão retomou a confiança em Deus e, então, puderam desfrutar de uma vida realizada, próspera e que seria perpetuada através de Isaque, o tão desejado e esperado filho.
A Família de Isaque
Isaque, filho de Abraão e Sara, foi aquele com quem Deus reafirmou a sua aliança. Isaque se casou com Rebeca, que, assim como Sara, também era estéril. Isaque amava muito Rebeca, assim como seu pai Abraão amava a sua mãe Sara. Aqui vemos como as atitudes dos pais influenciam os filhos. O exemplo de homem apaixonado alcançou o caráter do filho.
Sabemos que pai e filho amavam muito suas respectivas esposas porque, naquela época, era permitido ao homem se divorciar de sua mulher caso ela não desse filhos ao marido. E nenhum dos dois homens em questão se divorciaram.
Rebeca, por obra do Senhor, deu à luz aos gêmeos Esaú e Jacó. Isaque toma preferência por Esaú enquanto Rebeca toma preferência por Jacó. Esse foi um erro grave cometido pelos pais, porque essa preferência certamente gerava inveja e disputa entre os irmãos. E, de fato, Jacó enganou o irmão por duas vezes, quando comprou o direito da primogenitura e quando recebeu as bênçãos do pai no lugar do irmão. Nesse último, Jacó enganou o próprio pai com a participação efetiva da própria mãe nessa tramoia. Por causa disso, Jacó foi obrigado a fugir. Como todos os pecados possuem consequência, a mãe, que tanto amava Jacó, jamais voltou a vê-lo, pois morreu antes do retorno do filho amado para casa.
Essa família contornou todos esses problemas, quando Jacó se deixou ser transformado e deixou seu traço de engano para trás, assumindo a identidade de filho do Senhor, com toda a honestidade, hombridade e humildade que este cargo traz consigo. Esaú também largou o seu desejo de vingança e recebeu seu irmão de braços abertos.
Tudo isso só foi possível porque esses filhos conheceram o amor e o cuidado de seus pais, mesmo que não fosse um amor perfeito. Mas, acima de tudo, eles foram ensinados sobre Deus e reconheceram o amor de Deus na vida deles. Sabemos que Jacó, inclusive, reconheceu o próprio Deus, com quem teve um encontro pessoal.
A Família de Jacó
Jacó enganou seu irmão e seu pai. E depois foi enganado por seu sogro na ocasião de seu primeiro casamento e também nos anos que se seguiram, quando Labão mudava o seu salário, dependendo de como cresciam os rebanhos. Jacó trabalhou para seu sogro, por 7 anos, sem receber salário, para se casar com Raquel. Mas recebeu Lia como esposa, ao contrário do que fora combinado. Depois trabalhou mais 7 anos para receber Raquel como esposa. Quando, finalmente, Jacó conseguiu deixar a casa do sogro e voltar para o seu lar, com toda a sua família e seus pertences, sua esposa mais amada roubou os ídolos de seu pai e mentiu sobre isso. Provavelmente, os ídolos possuíam algum valor ou até mesmo seriam títulos de propriedades que Raquel julgou ser justo pegar como herança, uma vez que seu pai não havia dado nada de valor para ela e a irmã Lia. Ainda, as duas irmãs vivam se invejando e competindo uma com a outra por causa de Jacó. Talvez o clima na casa não fosse dos melhores com tanta disputa.
O fato é que Raquel cometeu um pecado ao roubar seu pai, assim como Jacó também pecou ao enganar seu irmão e seu pai. E nós vemos essas condutas se refletirem no comportamento dos filhos de Jacó que invejavam José e o odiavam a ponto de vender o próprio irmão como escravo e mentir para o pai, dizendo que um animal selvagem o havia matado. Parece que as más ações de Jacó e suas esposas atingiram o coração de seus filhos e serviram de exemplo para eles.
Raquel morreu jovem, no parto de Benjamim, em decorrência de seu pecado.
Essa grande família começou o processo de redenção com a atitude do próprio Jacó, ao entregar a sua vida a Deus, quando se dirigia à terra de seus pais. Jacó lutou com todas as suas forças, mostrando ao Senhor o quanto ele queria a bênção divina, o quanto ele desejava pertencer a Deus. Seus filhos, depois de tanta maldade que fizeram a José, se arrependeram, assumiram a responsabilidade sobre a integridade do irmão mais novo e tiveram que se humilhar a um estranho egípcio, que depois se revelou como sendo o próprio José.
José, por sua vez, sempre esteve com Deus. José caminhou na obediência, bondade e fé no Senhor e foi muito abençoado e protegido, apesar de toda a maldade e intrigas que fizeram contra ele, tanto na sua própria família quanto nos locais de trabalho.
Essa enorme família voltou a se reunir, mas agora sem as turbulências que os rodeavam. Jacó, que passou a se chamar Israel, voltou a ver o seu amado filho José e ainda pôde viver mais algum tempo para desfrutar dessa paternidade que lhe havia sido roubada. Gosto de pensar que esse foi um agrado que Deus fez a Jacó por ele ter seguido firme na fé após tantos deslizes.
Lugar de refúgio ou campo de batalha?
Vimos que todas essas famílias tiveram seus problemas, seus pecados, suas fraquezas. Em alguns momentos, essas famílias pareciam viver em um campo de batalha, sendo que os inimigos eram os próprios familiares.
Entretanto, também vimos que é possível transformar esse campo de batalha em um lugar de refúgio sem que seja necessário gastar dinheiro para essa reforma do bem. Basta que nos entreguemos aos propósitos de Deus. Basta que entreguemos a nossa vida ao Senhor, amando-o verdadeiramente e desejando obedecer cada um de seus ensinamentos. Basta que sejamos os melhores amigos de Deus. E como podemos conseguir isso? Só há um caminho: ler e estudar a Bíblia, orar em todos os momentos do seu dia (conversar mesmo com Deus o dia todo… lembrar dele o dia inteiro) e jejuar para que você possa mostrar ao Senhor o seu nível de comprometimento para com ele e ter o entendimento do que Deus quer para você.
Somos humanos, cheios de defeitos e Deus sabe disso. Não vamos formar uma família perfeita, mas podemos formar uma família amorosa e respeitosa a Deus. É isso o que Ele espera de nós. Mesmo com todos os defeitos que nós e a nossa família possuímos, Deus nos ama e quer que sejamos transformados para melhor. Só precisamos aceitar que Ele entre em nossa vida e faça a Sua obra.
Vamos lá, transformar a nossa família em um lugar de paz?
Deus abençoe a todos.
Texto: Ana Carolina de Assis Alves.
No próximo artigo falaremos sobre o pecado cometido por Acã e vamos aprender sobre as consequências da desobediência das ordenanças de Deus, o Senhor.
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