O que é: Escolhidos

O termo “Escolhidos” no contexto do Cristianismo, especialmente entre as denominações protestantes e batistas, refere-se à ideia de que Deus seleciona certas pessoas para cumprir Seus propósitos divinos. Essa escolha não é apenas uma questão de predestinação, mas envolve a compreensão de que cada indivíduo tem um papel específico no plano de Deus. A doutrina dos Escolhidos é frequentemente associada à graça divina, onde a salvação é vista como um presente que não pode ser conquistado por obras, mas é oferecido àqueles que são escolhidos por Deus.

Base Bíblica para os Escolhidos

A base bíblica para a doutrina dos Escolhidos pode ser encontrada em várias passagens das Escrituras. Um dos textos mais citados é Efésios 1:4-5, que afirma que Deus nos escolheu antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante d’Ele. Essa escolha é vista como um ato de amor e misericórdia, onde Deus, em Sua soberania, decide quem receberá a salvação. Além disso, Romanos 8:30 menciona que aqueles que foram chamados, também foram justificados e glorificados, reforçando a ideia de que a escolha de Deus é parte de um plano maior de redenção.

Predestinação e Livre Arbítrio

Um dos debates mais intensos dentro do Cristianismo sobre o conceito de Escolhidos gira em torno da relação entre predestinação e livre arbítrio. Enquanto algumas tradições enfatizam a soberania de Deus na escolha dos salvos, outras argumentam que o ser humano possui a capacidade de escolher aceitar ou rejeitar a graça divina. Essa tensão entre a predestinação e o livre arbítrio é um tema recorrente em teologias reformadas e arminianas, refletindo diferentes interpretações sobre como a escolha divina se manifesta na vida dos indivíduos.

O Papel dos Escolhidos na Comunidade de Fé

Os Escolhidos desempenham um papel fundamental na comunidade de fé, sendo vistos como instrumentos de Deus para a realização de Sua vontade na Terra. Em 1 Pedro 2:9, os crentes são descritos como “geração eleita, sacerdócio real”, indicando que aqueles que foram escolhidos têm a responsabilidade de proclamar as virtudes de Deus. Isso implica que os Escolhidos não são apenas beneficiários da graça, mas também agentes ativos no ministério e na evangelização, contribuindo para o crescimento do Reino de Deus.

A Escolha e a Identidade Cristã

A identidade dos Escolhidos está profundamente enraizada na compreensão de que são parte de uma nova criação em Cristo. Em 2 Coríntios 5:17, a Escritura afirma que “se alguém está em Cristo, nova criatura é”. Essa nova identidade implica que os Escolhidos não são definidos por suas falhas ou pecados passados, mas sim pela nova vida que receberam através da fé em Jesus. Essa transformação é um testemunho do poder de Deus e da eficácia de Sua escolha, que traz esperança e propósito à vida dos crentes.

Desafios e Responsabilidades dos Escolhidos

Ser um Escolhido também traz desafios e responsabilidades. Os crentes são chamados a viver de maneira digna da vocação que receberam, conforme Efésios 4:1. Isso significa que, além de desfrutar da graça e da salvação, os Escolhidos devem refletir o caráter de Cristo em suas ações e decisões diárias. A vida cristã é, portanto, uma jornada de santificação, onde os Escolhidos são constantemente moldados e transformados à imagem de Cristo, enfrentando tentações e provações com fé e perseverança.

Escolhidos e a Comunhão com Deus

A comunhão com Deus é um aspecto central da vida dos Escolhidos. Através da oração, da leitura da Bíblia e da participação em comunidades de fé, os crentes cultivam um relacionamento íntimo com o Senhor. Essa comunhão não apenas fortalece a fé, mas também proporciona discernimento e direção nas decisões da vida. Os Escolhidos são incentivados a buscar a vontade de Deus em todas as áreas de suas vidas, confiando que Ele os guiará em Sua sabedoria e amor.

A Esperança dos Escolhidos

A esperança dos Escolhidos está firmemente ancorada na promessa da vida eterna e na certeza de que Deus completará a boa obra que começou em cada um deles. Filipenses 1:6 afirma que “aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até o dia de Jesus Cristo”. Essa esperança não é apenas uma expectativa futura, mas uma realidade que impacta a vida presente dos crentes, encorajando-os a viver com propósito e fé, sabendo que são parte de um plano eterno de Deus.