Cânticos 3

1[Ela] :Durante as noites busquei em minha cama a quem minha alma ama; busquei-o, mas não o achei.

2Por isso me levantarei, e percorrerei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei a quem minha alma ama; busquei-o, mas não o achei.

3Os guardas que rondavam pela cidade me encontraram. [Eu lhes perguntei] : Vistes a quem minha alma ama?

4Pouco [depois] de me afastar deles, logo achei a quem minha alma ama. Eu o segurei, e não o deixei ir embora, até eu ter lhe trazido à casa de minha mãe, ao cômodo daquela que me gerou.

5Eu vos ordeno, filhas de Jerusalém: jurai pelas corças e pelas cervas do campo que não acordeis nem desperteis ao amor, até que ele queira.

6Quem é esta, que sobe do deserto como colunas de fumaça, perfumada com mirra, incenso, e com todo tipo de pó aromático de mercador?

7Eis a cama móvel de Salomão! Sessenta guerreiros estão ao redor dela, dentre os guerreiros de Israel;

8Todos eles portando espadas, habilidosos na guerra; cada um com sua espada à cintura, para [o caso de haver] um ataque repentino de noite.

9O rei Salomão fez para si uma liteira de madeira do Líbano.

10Suas colunas ele fez de prata, seu assoalho de ouro, seu assento de púrpura; por dentro coberta com [a obra do] amor das filhas de Jerusalém.

11Saí, ó filhas de Sião, e contemplai ao rei Salomão, com a coroa a qual sua mãe o coroou, no dia de seu casamento, no dia da alegria do seu coração.

Comentário

O capítulo 3 do Cântico dos Cânticos apresenta uma busca apaixonada e incansável por amor, refletindo a profundidade do desejo humano de encontrar o que é verdadeiro e belo. A protagonista inicia sua noite em busca de quem sua alma ama, uma metáfora poderosa para a busca de cada um de nós por conexão e significado. Em suas palavras, percebemos a ansiedade de um coração que anseia por amor, não apenas em um sentido romântico, mas em uma busca espiritual. Esse anseio é um eco da nossa própria busca por Deus, que é, em última análise, a fonte de todo amor verdadeiro. A insistência da amante em percorrer a cidade revela a urgência e a sinceridade de seu desejo, lembrando-nos que, assim como ela, devemos estar dispostos a buscar o Senhor de todo o coração, mesmo nas noites mais escuras de nossa vida.

Quando ela finalmente encontra aquele que ama, a cena se transforma em um momento de triunfo e segurança, onde ela o segura e não o deixa ir. Isso nos convida a refletir sobre a importância de mantermos nossas experiências de encontro com Cristo em um lugar central em nossas vidas. A alegria de estar com o amado é um vislumbre do que significa estar em comunhão com Deus, onde encontramos não apenas satisfação, mas também um propósito que transcende as circunstâncias temporais. Ao trazê-lo para sua casa, ela simboliza a necessidade de acolher o amor divino em nosso lar interior, permitindo que a presença de Cristo transforme nossos corações e nossas realidades.

A exortação para não despertar o amor até que ele queira é um lembrete de que o amor verdadeiro é algo sagrado e deve ser valorizado em seu tempo. Na conclusão do capítulo, a imagem do Rei Salomão em sua glória nos inspira a contemplar a beleza da aliança entre Cristo e a Igreja, onde Ele é o Rei que nos ama e nos valoriza. Que possamos, assim como as filhas de Sião, sair para contemplar essa verdade, reconhecendo a majestade de Cristo e a alegria que Ele traz aos nossos corações. Este capítulo nos convida a buscar o amor que transforma, a verdade que liberta, e a beleza que só pode ser encontrada em um relacionamento profundo e sincero com Jesus, nosso Salvador e Amado.

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