Potencial: Comece Hoje a Brilhar!
O texto abaixo foi escrito com base no sexto capítulo do livro “Deixe-me apresentar você! – Descubra sua verdadeira identidade“, de Talitha Pereira, e nos mostra quem foi José e como ele reagiu diante do seu potencial dado por Deus.
Essa história pode nos incentivar a trabalhar sempre com empenho, buscando fazer o melhor com os nossos dons e atingir o potencial almejado pelo Senhor para a nossa vida.
José, o Filho Mais Amado
A história de José é encontrada no livro de Gênesis. José era o filho mais novo de Jacó, gerado por Raquel, a esposa mais amada. Gênesis 37,3 diz que ele era o filho mais amado porque havia nascido na velhice de Jacó. Mas o fato de Jacó amar mais Raquel do que Lia deve ter influenciado bastante esse amor por José. Posteriormente, Raquel teve mais um filho, Benjamim e acabou morrendo por complicações do parto. Jacó teve 12 filhos no total.
Quando José tinha 17 anos, pastoreava os rebanhos com seus irmãos e contava ao pai as más condutas deles. Isso somou-se à inveja que os irmãos sentiam por José ser o filho mais amado e então eles não conseguiam mais ser amigos de José. Deus deu sonhos a José e ele, animado e inocente, compartilhava-os com seus irmãos, que passaram a odiá-lo ainda mais. Em um dos sonhos, os irmãos amarravam feixes de trigo no campo, quando o feixe de José se levantou e os demais feixes se juntaram ao redor dele e se curvaram diante dele. Os irmãos de José questionaram se o sonho significava que José os governaria e o odiaram ainda mais.
O Plano dos Irmãos
Certa vez, os irmãos de José tinham ido cuidar dos rebanhos do pai e Israel (Jacó) mandou que José fosse até eles e trouxesse notícias. Quando viram José se aproximar, planejaram matá-lo. Mas Rúben, o filho mais velho, pediu que não tirassem a vida de José, mas apenas o jogassem em um poço vazio. Sua intenção era levar José de volta ao pai. Mas os outros irmãos venderam José como escravo aos ismaelitas sem o conhecimento de Rúben. Então os irmãos sujaram a túnica de José com sangue de bode, e a enviaram ao pai. Jacó reconheceu a túnica que ele mesmo havia dado de presente e José e pensou que uma fera o havia devorado. E chorou muitos dias por seu filho, recusando-se a ser consolado e dizendo que choraria por seu filho até o momento de sua morte, tamanho era seu amor por José.
A Escolha de José
Até aqui, vimos que José era uma pessoa íntegra, que não se rendeu aos maus hábitos e tinha o coração cheio de alegria e entusiasmo. E ele não precisou de nenhum incentivo ou prêmio para isso. Foi a escolha dele ser assim.
O Empenho de José e as Bênçãos de Deus
Voltando à sua história, ele foi levado ao Egito e vendido para Potifar, oficial do Faraó e capitão da guarda. Mas ele não estava sozinho, pois o Senhor estava com ele e o deu prosperidade em tudo o que fazia. José foi morar na casa de Potifar, que viu a prosperidade de José e o tornou administrador de todos os seus bens. O Senhor abençoou a casa de Potifar por causa de José. Observem que Deus fez José prosperar em tudo o que ele fazia… ou seja, ele precisava fazer, agir, trabalhar para que Deus aumentasse seus ganhos. Imagine se, ao invés de trabalhar, José ficasse deprimido e jogado em um canto, apenas se lamentando por sua sorte? Ao invés disso, José estava fazendo um bom trabalho e sendo recompensado por isso. Mas José não parou por aí, ele fez muito mais e Deus pôde recompensá-lo mais também…
José era atraente e de boa aparência, o que chamou a atenção da mulher de Potifar. Ela queria se deitar com José, mas ele se recusou, mantendo-se íntegro e digno de confiança, uma vez que a única exigência de Potifar para com José era que não tocasse em sua mulher. Então, rejeitada, a mulher inventou que José a havia atacado e ele acabou sendo preso onde eram colocados os prisioneiros do rei. Mas o Senhor estava com ele e o deu a simpatia do carcereiro. José então se tornou administrador da prisão e o carcereiro não se preocupava com nada que havia ficado a cargo de José. José, mesmo preso, foi um servo leal e cumpriu suas tarefas com brilhantismo! E Deus o fazia prosperar em suas tarefas dentro da prisão também.
José Não se Deixa Abater e Atinge o Potencial que Deus Preparou Para Ele!
Em um dado momento, o faraó se irritou com o chefe dos copeiros e com o chefe dos padeiros e mandou prendê-los no mesmo lugar onde estava José. Lá, Deus concedeu a José o dom de interpretar os sonhos desses dois oficiais e disse que os sonhos do copeiro revelavam que ele seria tirado da prisão em 3 dias e voltaria a servir o Faraó, como de costume, enquanto o sonho do padeiro revelava que ele seria decapitado em 3 dias. E José pediu que se lembrassem dele quando fossem libertados e contassem sobre ele ao Faraó. Os sonhos se concretizaram, mas o copeiro não se lembrou de José. Mesmo assim José continuou a desempenhar seu trabalho com maestria, sem se deixar abater por não ter sido lembrado pelo copeiro. Passaram dois anos e o Faraó teve um sonho que o deixou perturbado, mas ninguém conseguiu interpretá-los. Então o copeiro se lembrou de José e contou tudo ao Faraó. José foi levado à presença do Faraó, que lhe contou seu sonho e José, deixando claro que as interpretações vinham do próprio Deus, explicou que se tratava de sete anos de fartura seguido por sete anos de fome nas terras do Egito. José ainda sugeriu que o Faraó colocasse um homem criterioso e sábio para governar o Egito e ainda orientou a fazer um estoque de alimentos durante os anos de fartura, para que pudessem ser usados no período de fome. Então o Faraó entendeu que não haveria homem mais sábio e criterioso que José e deu a ele o comando de todo o Egito e disse que, somente em relação ao trono, seria maior que José. Então José fez o melhor que pôde! Ele foi pessoalmente fazer uma inspeção em todo o Egito e durante os sete anos de fartura, José cuidou para que o excedente da produção fosse armazenado nas cidades. Gênesis 41,49 diz que José estocou muito trigo, como a areia do mar. Antes do período de fome, a mulher de José deu a ele 2 filhos.
E chegou o período da fome em todas as terras, mas em todo o Egito havia alimento. Quando o povo clamou por alimento, o Faraó manou que falassem com José e fizessem o que ele ordenasse. José então passou a comandar a venda de trigo aos egípcios. E de toda a terra vinha gente para comprar trigo com José.
José Reconhece Seus Irmãos
Quando Jacó soube que havia trigo no Egito, enviou seus filhos para comprar alimento. Mas ele não deixou que Benjamim fosse junto, temendo que algo pudesse acontecer a ele, como aconteceu com José. Então os 10 irmãos chegaram ao Egito e se curvaram perante José, o governador daquelas terras. Lembram do sonho de José, dos trigos dos irmãos se curvando ao trigo dele? José reconheceu seus irmãos assim que os viu, mas eles não reconheceram José. Então o governador agiu como se não os conhecesse e começou a fazer perguntas, através de intérprete, querendo mais informações sobre sua família, sem levantar suspeitas. José então soube que Benjamim estava vivo e junto do pai. Mas ele queria se certificar disso e acusou os irmãos de serem espiões. Para provar o contrário, eles deveriam levar o irmão à sua presença. José disse aos irmãos que era temente a Deus e que por isso, manteria apenas um dos irmãos preso e deixaria os outros retornarem para casa, levando alimento para as famílias. Assim que o caçula fosse apresentado ao governador, ele comprovaria a história dos irmãos e libertaria Simeão. José sabia que sua família passava fome em Canaã e que precisava dos mantimentos. Seus irmãos começaram a falar que eles estavam sofrendo isso pelo que fizeram com José. José ouviu tudo e se retirou para chorar.
No caminho para casa, os irmãos viram que a prata usada para pagar as mercadorias havia sido devolvida a eles, colocada dentro dos sacos de alimento. Quando chegaram a Canaã, contaram tudo a Jacó, que não deixou que levassem Benjamim, temendo não vê-lo mais. Quando o alimento que levaram acabou, precisavam buscar mais, porém não podiam aparecer sem Benjamim e então Jacó permitiu que o levassem, após Judá dar a sua palavra de que o traria de volta. Levaram presentes ao governador e prata em dobro, para pagar pela primeira remessa de alimento.
José Perdoa os Irmãos
Quando José viu Benjamim, providenciou para que os irmãos fossem levados à sua casa para almoçar com ele. Os irmãos pensaram que estavam sendo levados por causa da prata que havia sido colocada nos sacos da outra vez que estiveram ali, mas o administrador de José disse que havia recebido o pagamento e que fora Deus que os havia presenteado com a prata. Eles foram servidos com a comida da mesa de José, e Benjamim recebeu uma porção 5 vezes maior que os outros.
José mandou providenciar os mantimentos aos irmãos e que colocassem a prata de volta na bagagem deles. Mas pediu que colocassem a taça do governador na bagagem do caçula. Na manhã seguinte, se despediram e foram embora. Ainda não tinham se afastado da cidade quando José ordenou que fossem atrás deles e pegassem a taça de volta, acusando-os de roubá-la. Os irmãos negaram qualquer roubo e concordaram que aquele que fosse pego com a taça seria escravo do governador. A taça foi encontrada na bagagem de Benjamim e os irmãos rasgaram suas vestes e foram interceder por ele junto a José. Judá contou-lhe como Jacó não queria que Benjamim fosse ao Egito, que havia ficado responsável em retornar com o menino para casa e implorou para ficar de escravo no lugar de Benjamim, para privar o pai do sofrimento de perder mais um de seus filhos amados. José viu o comprometimento de Judá perante a vida de Benjamim e do pai e não pôde mais se conter, mandando sair todos da sala, ficando apenas seus irmãos. Então José se revelou a eles e pediu que se aproximassem. Em Gênesis 45, 4-7 ele disse: “Eu sou José, seu irmão, aquele que vocês venderam ao Egito! Agora não se aflijam nem se recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês. Já houve dois anos de fome nesta terra, e nos próximos cinco anos não haverá cultivo nem colheita. Mas Deus me enviou à frente de vocês para lhes preservar um remanescente nesta terra e para salvar-lhes a vida com grande livramento.” José pediu que os irmãos trouxessem o pai, toda a sua família, seus rebanhos e seus bens para morarem no Egito, perto dele, e que seriam sustentados por José durante o período de fome. Então ele e Benjamim se abraçaram e choraram. Em seguida, José beijou todos os seus irmãos e só então eles conseguiram falar alguma coisa, pois a surpresa os impedia. Quando o Faraó ficou sabendo, convidou a família inteira de José a morar no Egito e disse que lhes daria o melhor daquelas terras. Quando Jacó ficou sabendo que José ainda estava vivo e que era o governador do Egito, seu coração quase parou! Israel partiu rapidamente, com tudo o que lhe pertencia, para ver seu filho amado! Assim que José viu seu pai, correu para abraçá-lo e chorou longamente. “Israel disse a José: Agora já posso morrer, pois vi o seu rosto e sei que você está vivo.”.
José: o Servo Fiel e de Excelência!
A história de José nos mostra que, apesar de ter sido vendido como escravo pelos próprios irmãos, ter sido privado da companhia de seu pai amado e passado anos na prisão sendo inocente de qualquer acusação, ele não se vitimizou, não reclamou e não se deu por vencido! Ele sabia que Deus era com ele e deu o melhor de si! Trabalhou com afinco e dedicação em todos os serviços a que era designado, e foi recompensado por Deus. Ele foi um servo tão bom a Potifar, que foi para a prisão especial, onde pôde ser tratado com zelo e onde pôde mostrar mais do seu excelente trabalho. Deus deu a ele o dom de interpretar sonhos, mas isso foi depois que ele tinha se mostrado um excelente servo! José não se rendeu ao pecado com a esposa de Potifar, nunca tomou para si um centavo do dinheiro que não fosse seu pagamento ou cometeu qualquer outro ato contra Deus. Mesmo na sua tristeza, ele resolveu fazer o que sabia de melhor: trabalhar com excelência. Ele também conseguiu reconhecer a mão de Deus em tudo o que havia acontecido com ele: se os irmãos não o tivessem vendido, eles todos poderiam morrer de fome durante os sete anos de improdutividade das terras. Mas ele reconheceu que Deus fez muito mais do que livrá-los da morte, guardando suas riquezas e permitindo que todos os descendentes de Israel pudessem ter o privilégio de serem muito bem recebidos pelo Faraó e tivessem várias regalias naquelas terras. José perdoou seus irmãos e cuidou deles, como nunca havia sido cuidado por eles. José abriu seu coração para deixar florescer o potencial que Deus deu a ele!
Deixe Florescer o Seu Potencial e Brilhe no Caminho do Senhor!
Através da história de José, somos convidados a deixar florescer o potencial que Deus reservou para cada um de nós. Devemos abrir o nosso coração, pedir orientação ao Pai e entregar tudo nas mãos Dele, mas não podemos nos esquecer de fazer o nosso trabalho com excelência! Porque Deus é excelente em tudo o que faz e devemos seguir o exemplo dele, não é mesmo? É claro que pode ser que fracassemos em várias situações, afinal não somos perfeitos e nem podemos ser excelente em tudo. Mas Deus usa até mesmo nossos fracassos para o nosso bem, não é isso o que a Palavra nos diz? Então vamos lá! Mãos à obra! Vamos nos levantar e agir com o melhor de nós! O seu trabalho é ser mãe? Seja mãe com excelência! O seu trabalho é a direção de uma empresa? Dirija com excelência! O seu trabalho é ensinar? Ensine com excelência! E lembre-se: a excelência vem quando fazemos o nosso dever e mais um pouco… Quando fazemos tudo o que pudermos para desenvolver bem aquele trabalho, mesmo que não seja a nossa obrigação.
Que Deus, nosso Pai, nos abençoe e nos guie para que possamos ter forças, criatividade e sabedoria para desenvolvermos nosso trabalho com excelência, abrindo caminho para alcançarmos todo o potencial que o Senhor separou para nós. Amém!
Áudio e texto: Ana Carolina de Assis Alves. Muitos dos textos aqui publicados são autorais, mas outros são feitos com base em textos de escritores como Joyce Meyer, Daniel Conegero e outros.
No próximo artigo falaremos sobre nosso príncipe amado Jesus Cristo, sua apresentação ao mundo e os impactos do Seu sim para os planos do Pai.
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